Doutras riquezas
Que coisa bela este tamanho mundo
É, derramado em suas ternas graças!
Os faustos pássaros, de muitas raças,
E o equóreo mar, sem os faróis, profundo.
Vejo o namoro, do albo céu co'a Lua;
Da luz de estrelas com as nuvens áureas;
A ação divina, do velhaco Bóreas,
Meio à tormenta, a nortear falua.
Na proa, avisto terra à beira-mar!
Ah! Que belezas teus segredos vários
De mim escondem? Poderei te amar?!
Não, consoante os humanais corsários:
"Não és capaz de a feraz terra amar."
- Pois enganais-vos! Busco é a paz, sicários!
L.L.D.
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