O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder

Em 1991, Jostein Gaarder publicou a obra que o imortalizou.

O Mundo de Sofia é um clássico atemporal da literatura. A narração aos olhos de Sofia Amundsen é curiosa, inocente e instigante. De certa forma, quando a personagem recebe sua primeira carta e é inquirida misteriosamente com perguntas como "Quem é você?" ou "De onde vem o mundo?", o leitor já subentende a árdua e majestosa tarefa que o autor assumiu ao discorrer sobre tal tema. Destarte, com a progressão da trama, Sofia recebe um curso de filosofia de um estranho, que se comunica por cartas, levando cada envelope a um passo mais perto do clímax da história.

O romance tem como foco indireto abordar a história da filosofia, sintetizando brevemente os planos filosóficos dos maiores pensadores da humanidade, desde os pré-socráticos até os infames modernistas, como Jean-Paul Sartre. Enquanto Gaarder lhe dá uma aula, a trama que a envolve progride, dando à luz a uma catarse que apenas aumenta a cada página.

Seu desfecho é metafísico. Uma criatividade sem tamanho que encanta o leitor com devida proficiência. Somente lendo a obra, pode-se compreender a genialidade que esta carrega. No entanto, registro aqui minha humilde recomendação, condenando sua leitura como indispensável para quem se preze a pensar uma vez sequer na vida, além de sua zona de conforto.